By Severino Francisco
In the suite HASHIRA-E BRASILIA the concrete and spatial city is refracted through the city lights, car´s beams, shopping centers neon lights into kinetic electric strokes contrasting with undeniable icons: the black void of the night and immense Cosmos above all. The space where Hermusche moves is the Brasilia´s nights and his observation points are the moving buses, cars and apartment´s windows.
This specific view upon the city could easily slide down towards the publicity asepsis but Hermusche manages to trick this trap with habillity. He reinvents the city with a visceral gesture of graffiti and video granulations, scribbles erasures of an inconclusive sketch. There is something wrong on these drawings that humanize it and the result is another Brasilia rebuilt from original projects by Lucio Costa and Oscar Niemeyer: a kinectic, electro magnetic, cybernetic, impressionist and expressionist city.
In the artworks - a tribute to his ancestors - the windows becomes frames for the synthetic lines of Japanese print tradition and establishing a friction with this lyric aesthetic source Hermusche injects electricity and drama to the silent Brasilia´s cityscape and imprints on the inhabitant´s collective unconscious it´s very identity.
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Na coleção HASHIRA-E BRASILIA a cidade concreta e sideral é refratada sob as luzes da cidade, dos carros e dos letreiros dos shopping-centers em manchas cinéticas, elétricas, em contraste aos ícones incontestáveis: o vazio negro da noite e a imensidão do Cosmos. O espaço em que se move Hermusche é o das noites brasilianas e os seus postos de observação são a janela do apartamento, do ônibus ou do carro em movimento.
Esta mirada sobre a cidade poderia escorregar facilmente na direção a assepsia publicitária mas Hermusche dribla esta armadilha com muita habilidade. Ele redesenha a cidade com algo do gesto visceral do graffiti, das granulações do vídeo, das rasuras do traço e da inconclusão de um esboço. Há, nesses desenhos, algo de erro, que humaniza o cartão-postal e o que resulta é uma outra Brasília refundada a partir do projeto original de Lucio Costa e Oscar Niemeyer: cinética, eletromagnética, cibernética, impressionista, expressionista.
Nos desenhos - um tributo a seus antepassados niponicos - as janelas se transformam em molduras para as linhas sintéticas da tradição da gravura japonesa e estabelecendo uma tensão com essa vertente lírica Hermusche injeta eletricidade e dramaticidade na paisagem silenciosa de Brasília e plasma no imaginário dos seus habitantes, a sua identidade.